Ronaldo Fontes Linhares representará o município em uma das mais conceituadas instituições
Presidido
pelo advogado criminalista Técio Lins e Silva, que em seu discurso de posse,
considerou comoo "Berço da
Advocacia Brasileira", o Instituto dos Advogados Brasileiros vai empossar
como membro efetivo, no próximo dia dois de julho, o advogado de Macaé, Ronaldo
Fontes Linhares, indicado e convidado por Laercio Andrade Souza, decisão
apoiada, ainda, pelos renomados advogados Randolpho Gomes, Fernando Fragoso,
Moema Baptista e Hariberto Jordão, dentre outros que se manifestaram
favoravelmente na sessão em que a proposta foi aprovada. A solenidade de posse
será às 18 horas na sede da instituição no Rio de Janeiro.
Ao
tomar conhecimento da notícia, Dr. Ronaldo Linhares disse: "Sinto-me
honrado, e orgulhoso. Senti-me lisonjeado pelo convite para ser membro efetivo
do IAB, o que aumentou minha satisfação, e responsabilidade. Tenho plena
convicção de que, através da OAB, contribuí em nosso estado do Rio de Janeiro
com o desenvolvimento da advocacia e, no exercício da profissão, em peças
ajuizadas, muito embora, sou reconhecido dos meus apoucados conhecimentos
jurídicos", disse ontem o advogado Ronaldo Linhares, pontuando:
"Agora terei a oportunidade efetiva de colaborar, mesmo minimamente, na
discussão das principais questões que devem nortear o direito em nosso País.
Obrigado aos consócios do Instituto dos Advogados Brasileiros, instituição
centenária, que se dedica ao estudo do direito pelos advogados que a compõem,
pela confiança em mim depositada".
O
advogado Ronaldo Linhares implantou em Macaé, em 1975, a 15ª Subseção da
OAB-RJ, sendo o seu primeiro presidente e exerceu mais dois mandatos até o ano
2000. Na presidência da OAB/Macaé foi responsável pela construção do antigo
Forum, hoje abrigando o Hospital Infantil, e iniciou junto com o Tribunal de
Justiça a construção do novo e atual prédio do Fórum.
Formado
pela Faculdade de Direito de Campos (1970), continua atuante na advocacia cível
e criminal, participando de memoráveis julgamentos pelos tribunais do júri de
Macaé, Casimiro de Abreu, Petrópolis e Niterói. Agraciado sete vezes
"Melhor Advogado do Ano", ocupou cargos de Diretor do Departamento
Jurídico e Corregedor Geral da Guarda Municipal de Macaé. Foi vice-presidente
para o Estado do Rio, por dois mandatos, do Conselho Nacional de Guardas
Municipais, recebendo diplomas de mérito das Câmaras Municipais de Macaée Conceição de Macabu, das Subseções da
OAB-RJ de Macaé, Rio das Ostras, Cabo Frio e Itaperuna, do Rotary Clube
Internacional, da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Prêmio CESDH em São
Paulo e autor de monografia sobre Segurança Pública Municipal, registrada na
Biblioteca Nacional e diversos artigos sobre temas jurídicos, muitos dos quais
publicados no jornal O DEBATE.
Repercussão
O
Instituto dos Advogados Brasileiros foi criado poucos anos após a Independência
do Brasil (em 1843), num momento em que o Brasil precisava se organizar como um
Estado soberano e afirmar valores de nacionalidade. Além disso, era necessário
organizar aqueles que iriam dirigir o futuro do novo País, em especial, os
advogados. Os advogados de então atuavam tanto nas questões ainda hoje
imprescindíveis, quanto na política e ainda, na difícil tarefa de redação de
todas as leis que substituiriam gradativamente a legislação portuguesa, à
época, ainda em vigor. Os primeiros cursos de Direito foram criados em 1827.
Assim, desde o final de 1831 já existiam advogados formados em território
nacional.
O
IAB, no período imperial se tratava de um órgão governamental, consultado pelo
Imperador e seus auxiliares diretos, como também pelos Tribunais, para auxiliar
com seus pareceres, as mais importantes decisões judiciais. Além disso,
colaborava por intermédio de seus integrantes na elaboração de leis que
governariam o país.
A
indicação de Dr. Ronaldo Linhares para o IAB repercutiu e pela rede social,
João Alexandre Santos registrou: "Parabéns amigo Dr. Ronaldo Fontes
Linhares pois é mais do que merecido. Sou sabedor do rigor seletivo do IAB para
admitir novos membros. Sinto-me feliz com esse momento". Randoplho Gomes
textuou: "Eu é que me senti honrado com a oportunidade de relatar sua
proposta de ingresso no IAB. Como foi meu último parecer na Comissão de
Admissão, pelo encerramento de meu mandato, posso dizer que encerrei com chave
de ouro minha gestão". Ubirajara Bello: "Dr. Ronaldo Linhares, homem
conhecido e respeitado no meio jurídico, pessoa que me orgulho de fazer parte
da sua lista de admiradores, e tenho certeza que nos representará com
competência e galhardia nessa justa e merecida posição que ocupará. Sucesso e
saúde, sempre".
Braulio
Lopes: "Parabéns honrado jurisconsulto que abrilhanta a categoria no nosso
município e região. Que Deus o abençoe".
DADOS
HISTÓRICOS DO IAB
Na
própria nascente República, o IAB praticamente cessou suas atividades internas
para redigir a primeira Constituição republicana (1891). Por conseguinte, até
meados do século XX, grande parte do sistema normativo, bem como o melhor
pensamento jurídico pátrio transitaram pelo IAB, além de organizar os advogados
como entidade de classe.
Apenas
na década de 1930, com a criação da OAB, é que o Instituto deixou de se
preocupar com especificidades da categoria dos advogados e direcionou seus
esforços em sua vocação precípua: pensar juridicamente o Brasil.
Nesse
processo histórico foram verificadas marchas e contra-marchas porque,
infelizmente, por vezes, o IAB perdeu oportunidades preciosas de se manifestar
em momentos graves da história do País, como por exemplo durante o período do
regime militar. Foi justamente neste período que cresceu a importância da OAB
como entidade vinculada aos advogados. Entretanto, graças à atuação de
lideranças que surgiram no Instituto, ele pode retomar seu pendor e ser
reconduzido à condição de referência da cultura jurídica nacional.
O
IAB tem atuado tanto junto aos Poderes da República, em especial no
Legislativo, contribuindo com pareceres sobre os projetos de leis, bem como
colaborando com as diferentes Comissões legislativas que por vezes solicitam a
experiência e o conhecimento acumulado do Instituto. Também, na esfera do
ensino jurídico, com debates e mesmo a criação de entidades para atuarem
especificamente neste campo, como é o caso da ABEDI (Associação Brasileira de
Ensino do Direito), nascida durante um seminário de uma das Comissões do IAB,
em 2001.
Embora
o IAB possua sede na cidade do Rio de Janeiro - pois desde a Independência e
até 1960 o Rio era a capital política do Brasil - o Instituto tem âmbito
nacional, e os diferentes Institutos de Advogados nos entes federados são
entidades parceiras do IAB. Não são filiados ou seccionais, como na OAB, mas
atuam em colaboração e parceria com o IAB.
São
tantos os momentos marcantes de atuação do Instituto na vida brasileira que não
seria prudente apontar apenas alguns, sob pena de desqualificar sua atuação.
Em
síntese, pode-se afirmar que o Instituto dos Advogados Brasileiros foi e
permanece sendo um defensor intransigente do Estado Democrático de Direito, da
soberania nacional e dos direitos fundamentais. (Com informações extraídas dos
portais Conjur e IAB).
Nos
seus 171 anos de existência, o IAB teve 68 presidentes, sendo o primeiro deles
o baiano Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, de 21/08/1843 a 23/01/1951,
falecido em 15/12/1870.
Fonte: Jornal O DEBATE
Créditos da foto: Wanderley Gil