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NOTÍCIA
Publicado em 30 de Novembro de -1

Corregedoria conclui inquérito contra delegado que agrediu cadeirante

Vítima foi atingida por um 'objeto contundente', segundo laudo do IML.


Notícia do G1 em 25/01/2011 13h41 - Atualizado em 25/01/2011 15h21

A Corregedoria da Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (24) o inquérito sobre a agressão do delegado Damásio Marino contra o cadeirante Anatole Morandini, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) aponta que o deficiente teve ferimentos na cabeça, olhos e lábio superior, causados por um “objeto contundente”. O inquérito foi encaminhado à Justiça e na quarta-feira (26) deve ser entregue ao Ministério Público.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), Marino pode responder por lesão corporal dolosa.

Com base no laudo, nas provas e testemunhas, o "objeto contundente" pode ser entendido como a arma do policial. A defesa do delegado afirma que o termo “objeto contundente” é vago e que não há como afirmar que seja uma arma. O advogado do delegado, Luiz Antônio Silva, diz ainda que vai entrar com representação para submeter o processo à Corregedoria na capital.

Agressão
O delegado Damasio Marino está afastado do 6º Distrito Policial de São José dos Campos desde o dia 20 de janeiro, quando teve sua arma recolhida. A briga começou por causa de uma vaga exclusiva para deficientes físicos. O advogado Anatole Morandini, que é cadeirante e tem 35 anos, foi ao cartório do Centro de São José dos Campos e encontrou a vaga exclusiva para deficientes ocupada por outro veículo.

Morandini encontrou um lugar mais à frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado, que não é deficiente, caminhando até o veículo parado na vaga especial.

“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente", contou. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou. Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, disse que recebeu a cusparada no rosto.

O delegado foi acusado de apontar uma arma para o cadeirante.O advogado do delegado, Luiz Antônio Silva, admite que ele bateu em Anatole, mas nega que ele tenha sacado a arma