Nova presidente do TRT-1 valorizará o primeiro grau de jurisdição

Para isso, Maria de Lourdes pretende fornecer maior apoio à Corregedoria, que fica à frente do primeiro grau com relação a juizes e a jurisdição. Entre os projetos , a desembargadora citou a adoção do JurisCalque (sistema criado para solucionar cálculos de parcelas trabalhistas) , já em andamento pelo ex presidente do TRT, desembargador Aloysio Santos.

"A utilização desse sistema era um pedido meu, que era corregedora no último mandato, e o presidente anterior atendeu.

O JurisCalque vai dar mais rapidez na solução de processos trabalhistas, agilizando na liquidação das sentenças. Uma sentença que não é líquida, quando volta para liquidar, demora, em média, dois anos só para saber qual é o valor do débito.

Com o sistema, este tempo é eliminado do trâmite do processo.", explicou.

Outro projeto da nova presidente do TRT-1 é aumentar o número de cargos para juizes substitutos e propiciar a lotação de dois juizes em cada vara do trabalho. "Isso vai agilizar o julgamento de processos. Quero melhorar também nossas instalações fora do Rio, que precisam de reformas", disse a desembargadora.

Outra crítica de Maria de Lourdes foi em relação ao TRT-RJ ser o único tribunal do País que não tem sede própria na capital. "Vou trabalhar para que este cenário mude e o TRTRJ recupere seu prestígio, embora, mesmo com a falta de servidores e estrutura, nosso tribunal seja um dos primeiros em número de processos solucionados, em volume de serviços.

Carioca nascida no dia 8 de dezembro, Dia da Justiça, Maria de Lourdes Sallaberry foi vicepresidente do TRT-RJ no biênio 2007/2009. Ela ingressou na magistratura do Trabalho por concurso em 1981, sendo promovida por merecimento em 1985 para o cargo de juiz titular da então 4ª Junta de Conciliação e Julgamento do Rio de Janeiro.

Em 1998, chegou à Segunda Instância também por merecimento e, entre outras atividades, exerceu a presidência da Comissão Socioambiental do tribunal O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Nelson Tomaz Braga, que representou a instituição na cerimônia, elogiou a trajetória profissional da desembargadora. Ele ressaltou que, em um século marcado pela tecnologia e a "derrubada de fronteiras", é fundamental responder prontamente às demandas da sociedade.

"Hoje, qualquer fato que aconteça pode ter consequências sócio-econômicas no mundo inteiro. Por isso, os administradores públicos devem melhorar o atendimento à sociedade, que cobrará mais e exigirá transparência", disse.

Também foram empossados na última sexta-feira, o vice-presidente do TRT-1, desembargador Carlos Alberto Araújo Drummond, o corregedor, desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva, e a vicecorregedora, desembargadora Ana Maria Soares de Moraes.

Integraram a Mesa Diretora da cerimônia o conselheiro do CNJ Marcelo Nobre, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Aloysio Corrêa da Veiga, diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), que representou o presidente do TST, João Oreste Dalazen, o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, José Antonio Vieira de Freitas Filho, e o conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Júnior, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).