Um dos concursos mais esperados por quem sonha em trabalhar no serviço público, o Tribunal de Justiça do Rio receberá inscrições até o dia 6 de fevereiro. São 284 vagas, das quais 71 para o cargo de técnico judiciário, que exige nível médio, e 213 para o cargo de analista judiciário. O salário para técnicos é de R$3.459,74; e os referentes aos cargos de analista são de R$5.285,33 (judiciário) e R$6.679,53 (judiciário em execução de mandados).
Só no ano passado, foram recebidos mais de dois milhões de processos no Judiciário fluminense, o que aumenta sua demanda por mão de obra.
"O candidato ideal é o que conhece a legislação e tem noções de informática, em função do processamento eletrônico, mas também tem consciência de que deve servir à sociedade. O funcionário tem um papel importante, não pode apenas pensar em estabilidade", lembra o presidente do TJ-RJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos.
Mudanças no edital aumentam concorrência
No concurso deste ano, o Tribunal fez algumas alterações no edital, justamente para encontrar candidatos que estejam buscando mais do que apenas um emprego estável.
"Passamos a exigir mais conhecimentos voltados a algumas áreas do direito, principalmente a do processual civil e processual penal, por serem a área-fim dos cargos sem especialidade", destaca Luciano Alt, diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas do TJ-RJ.
No edital, foi estipulado que o candidato graduado em qualquer curso superior pode prestar o concurso para analista judiciário. Anteriormente, era necessário ser formado em direito para exercer a função.
"Como ainda não há, no Tribunal, uma legislação específica, que nos permita restringir o acesso a esse cargo a profissionais com a formação desejada, resolvemos, nesse momento, permitir o acesso a qualquer formação superior, inclusive àqueles formados em cursos denominados tecnológicos", explica o diretor do TJ.
Alexandre Lopes, diretor pedagógico do Curso Maxx, instituição que prepara para concursos, entende que essa mudança amplia a concorrência. Por isso, os candidatos devem se dedicar a estudar a literalidade normativa nas disciplinas jurídicas, o que costuma ser cobrado pela banca da Fundação Carlos Chagas, organizadora do concurso.
"Recomendo atenção redobrada à língua portuguesa. Além disso, para os dois cargos, aconselho reforçar os estudos de processos civil e penal".
Candidato pode concorrer a até quatro cargos
As provas estão marcadas para 11 e 18 de março, nos turnos da manhã e da tarde.
"Essa divisão que fizemos permitirá ao candidato, dependendo de sua especialização, concorrer a até quatro cargos", diz Alt, informando que o cargo de analista judiciário é dividido em dois.
Faltando menos de dois meses para as provas, é hora de intensificar o cronograma de estudos. O diretor de desenvolvimento de pessoas do órgão diz que é possível encontrar algumas provas antigas nos sites das instituições organizadoras, mas faz um alerta:
"O Tribunal não disponibiliza provas antigas, porque poderia induzir o candidato ao erro, já que a legislação sofre constantes atualizações".
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