ACIM e OAB lado a lado pelos royalties

Diário da Costa do Sol: 16/12/2011

Os presidentes de duas importantes instituições da cidade de Macaé estarão atuando lado a lado pela fiscalização do uso dos royalties do petróleo. À frente do Conselho Municipal que ficará a cargo desta fiscalização, o primeiro instalado no país, estarão o empresário Marcelo Reid, presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), e a advogada Andrea Meirelles, presidente da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Os dois foram eleitos para a direção do Conselho na tarde da última quarta-feira (14), para um mandato de dois anos (podendo ser reeleito por igual período). O órgão também é formado por representantes da Firjan, ONG Catalunya em Missão, Igreja São Paulo Apóstolo e sete membros indicados pelo Governo Municipal.

O presidente da Associação Comercial, Marcelo Reid, destacou a importância da entidade fazer parte deste Conselho pioneiro no país.

- Nós, da ACIM, estamos assumindo mais um desafio e espero que possamos contribuir da melhor forma possível neste processo de fiscalização, que se faz necessário, para que não haja má administração destes recursos tão importante para nossa cidade, afirmou Marcelo.

Para a vice-presidente, Andrea Meirelles, a participação da OAB Macaé no Conselho Municipal vem para reforçar a preocupação da entidade com a soberania nacional, o uso social dos royalties do petróleo, principalmente para as futuras gerações.

- A eleição espontânea da OAB, tanto para o Conselho como para sua Vice-Presidência, nos deixa satisfeitos porque denota que a população de Macaé está percebendo nosso trabalho, que tem se manifestado na defesa de um Judiciário atualizado, efetivo no trato das questões sociais, e não distante dos anseios da população, realizando campanhas como a do atendimento jurídico gratuito, e de orientação pela cidadania, declarou Andrea.

Ainda segundo Andrea Meirelles, o Conselho Municipal tende a cumprir dois importantes papéis para a cidade de Macaé: a transparência, publicidade radical e boa destinação dos recursos e também a mudança na mentalidade da população.

- É importante conscientizar a população de Macaé quanto a alguns aspectos dos royalties do petróleo. Primeiro que se trata de uma indústria extremamente perigosa, tanto para os trabalhadores quanto para o meio ambiente. Segundo que o petróleo é um recurso finito, do qual não podemos legar a nossos filhos e netos apenas sucata e poluição. Os recursos devem ser aplicados visando também o futuro, sob pena de um dia descobrirmos que as jazidas se esgotaram e a população de Macaé, e do Brasil, em nada se beneficiou, afirmou.

Publicado em 16.12.2011 às 10h04