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NOTÍCIA
Publicado em 30 de Novembro de -1

Danilo Funke recorrerá a imunidade parlamentar para retornar à Câmara

Vereador macaense foi suspenso por 90 dias, e ainda pode ser cassado, por divulgar no twitter e site resultado da votação e imagem de vereadores


Danilo Funke recorrerá a imunidade parlamentar para retornar à Câmara

20/05/2011 - 18h26m  - fonte: Jornal O Debate

Danilo Funke apresentou defesa e garante que manterá postura de oposição



Seguindo a linha de oposição desde que assumiu o seu primeiro mandato no parlamento macaense, o vereador Danilo Funke (PT) utilizou a sua voz dentro da Casa do Povo com um principal objetivo: levantar as discussões sobre os erros registrados na administração de Macaé, dentro e fora dos setores executivos.

Diante de uma manobra que acabou causando atrito dentro do poder legislativo, hoje ele se vê envolvido no primeiro processo de cassação da história do município, após o período da revolução de 64, não ligado a fatos de corrupção, mas sim a um procedimento, adotado por seu grupo de assessoria, através dos mecanismos digitais utilizados por seu mandato como forma de expandir o seu discurso na cidade, que envolveu a defesa por um projeto que vem causando polêmicas na cidade: o plano de cargos, carreira e vencimentos (PCCV) dos professores, categoria que apoia através do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), além da imagem dos demais 11 vereadores, incluindo a do presidente Paulo Antunes (PMDB) perante a uma massa de profissionais divididos.

Afastado por 90 dias, que podem ser prorrogados por mais 90, através de uma decisão da Comissão de Ética, acatada pelo plenário, que analisa a denúncia e o pedido de cassação do seu mandato, apresentado pelo vereador Júlio César de Barros, Danilo interpreta a sua atual posição perante o poder legislativo como um momento “geladeira”.

“Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Eu não concordo com o afastamento, mas respeito a decisão dos vereadores. Vejo essa situação como uma espécie de castigo, como se tivessem me colocado na geladeira por eu ser da oposição. Porém, confio no meu trabalho”, afirmou o parlamentar.

Tendo o apoio de várias lideranças políticas a níveis municipal, regional e nacional, entre eles o senador Lindberg Faria (PT) e o deputado federal Aluizio Júnior (PV), Danilo acabou obtendo reconhecimento e a solidariedade de várias pessoas através de ferramentas que acabaram sendo o ponto central das discussões sobre o processo de investigação aberto na Câmara dos Vereadores, que poderá culminar em sua cassação.

“Essa discussão toda só traz benefício para mim, o reconhecimento e a solidariedade da população. Porém, não me sinto confortável em estar passando por um momento como esse. Decerto, essa é a primeira vez na história do município que o vereador é envolvido em um processo de cassação sem ter relação com corrupção. Sou o único vereador de oposição na Câmara contra os 11 da situação”, analisou o parlamentar.

Confiante em sua permanência no parlamento macaense, Danilo apresentou a sua defesa, elaborada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Estado do Rio de Janeiro, Wadih Damous, dentro do princípio da imunidade parlamentar.

“Vemos discussões ainda mais fortes em vários outros parlamentos, e aquilo acaba dentro do plenário. Só aqui em Macaé aconteceu tudo isso. Assumi um mandato popular, de oposição, e nada vai mudar essa postura.

Uma coisa é certa, mesmo se eu for cassado, a discussão sobre o plano salarial dos professores ganhou outra visão na cidade, e isso me deixa feliz. Mas é claro que eu quero retornar para a Câmara”, afirmou o parlamentar.

Sem atingir a imagem de nenhum parlamentar, Danilo afirmou que houve uma não explicação correta no título da matéria divulgada em seu site, sobre a questão do plano salarial dos professores. Ele admitiu o uso das fotografias dos parlamentares, porém, afirmou que nada foi utilizado de forma pejorativa.

“Vou acompanhar as sessões da Câmara do plenário. Tenho certeza de que terei mais presença do que muitos vereadores. Quero defender a minha imunidade parlamentar e retornar ao plenário”, afirmou o vereador.