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NOTÍCIA
Publicado em 30 de Novembro de -1

OAB quer nova discussão sobre desarmamento

O Conselho Federal defendeu neste domingo, dia 10, em reunião do Pleno, a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil


Do site do Conselho Federal e da redação da Tribuna do Advogado

11/04/2011 - O Conselho Federal defendeu neste domingo, dia 10, em reunião do Pleno, a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, que já tinha levantado a questão sexta-feira, dia 8, o massacre que deixou 12 crianças mortas deve servir como reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo.

"Uma tragédia como essa, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Esse rapaz [Wellington de Oliveira, autor dos disparos] não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma", disse.

Wadih aventou a hipótese de que o debate seja feito em um novo referendo, semelhante ao ocorrido em 2005, quando 63,94% das pessoas disseram que o comércio de armas de fogo e munição não deveria ser proibido no país. "Essa é uma discussão que merece ser feita democraticamente. Um novo referendo seria oportuno e democrático. Talvez a sociedade brasileira tenha amadurecido do referendo para cá", pondera.

O presidente afirmou, também, que a legalidade do porte de armas no Brasil é responsável por "tragédias domésticas diárias" e acaba abastecendo grupos criminosos. "Não há porque o cidadão, a sociedade civil estar armada. Quando o cidadão tenta usar a arma normalmente é morto ou tem a arma roubada e aumenta o poder de fogo dos criminosos. E a arma ainda incentiva a noção de fazer justiça com as próprias mãos, o que exime o Estado da responsabilidade de garantir a segurança

Wadih, que esteve na quinta-feira, dia 7, no local da tragédia, para manifestar solidariedade às famílias dos alunos assassinados e aos professores, pediu ao Pleno do Conselho Federal, reunido esta fim de semana, em Brasília, um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.